CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE HISTÓRIA DA ARTE - Heinrich Wölfflin

Essa é a minha primeira postagem, não sei ao certo como funciona.

Me ajudem! Aceito dicas e críticas.



CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE HISTÓRIA DA ARTE - Heinrich Wölfflin


Análise comparativa entre o Renascimento e Barroco, utilizando os cincos métodos de Wölfflin:
 

 

Figura: 1. Adoração dos Pastores. Andrea Mantegna. 1456. 40 x 55,6 cm. óleo e têmpera. Link: https://www.wikiart.org/pt/andrea-mantegna/adoration-of-the-shepherds-1456 


 

 

Figura: 2. O cerco batavo do acampamento romano do exército. Otto van Veen.1600 – 1613.Link: https://www.wikiart.org/pt/otto-van-veen/the-batavian-siege-of-the-roman-armycamp.  
  
 


Linear e Pictórico 

      No Renascimento, as linhas das paisagens e dos personagens, estão bem demarcadas, elas assinam por uma maneira mais expressiva. Já na obra barroca, existe ênfase numa mancha cromática, com a ausência de contornos mais definidos, onde o caminho das cores se põe melhor nas roupas dos personagens, e os tons escuros passeiam pela escuridão. Essas características fundamentam uma pintura mais trêmula, dinâmica e emocional. 
 

Plano e Profundidade 

    No Renascimento, os planos articulam a profundidade em camadas, dá para notarmos que cada personagem parece estar bem colocado, em planos horizontais e verticais que vão se desenvolvendo na obra, de maneira crescente até chegar na paisagem, na qual, passam a sensação de parecerem contidas dentro de uma moldura.  
      No Barroco, com a ausência de linhas bem demarcadas, se elimina as definições de planos, nela é possível visualizar uma maior profundidade. Na composição os homens, que são colocados em grande maioria ao lado direito, e o barril no esquerdo, traçam uma linha imaginaria.
 
 
Forma fechada e Forma aberta
 
     No renascimento, na obra de Andrea, as árvores, possuem consonância com a borda do quadro, a horizontalidade das camadas da paisagem, estão em harmonia com as linhas que delimitam as partes superior e inferior da pintura, fazendo com que os planos restrinjam-se como ponto final da obra. Ao contrário do Renascimento, Otto, coloca as manchas escuras na obra, nos possibilitando uma amplidão imaginária do espaço, e da imaginação. 
  
 
Pluralidade e Unidade 

     Dentro da composição renascentista não há interação dos personagens, permeiam de maneira autônoma, visto que desconhecem a noção de um ápice ou de um ponto principal na obra. O distanciamento entre a mulher e os homens mostra que os sujeitos são focos isolados e independentes. Diferente do Barroco, o aspecto principal permeará pela obra de maneira clara, otto dispõe da iluminação de uma fogueira, e essa luz natural acaba destacando o personagem principal que está com a bebida, e secundariamente os demais dispostos na pintura. 

 
Clareza absoluta e Clareza relativa 

     Renascimento, a representação clássica é colocada de maneira nítida, já que a mulher, os homens, a criança e os demais elementos podem ser vistos com facilidade, onde o uso da luz nos possibilita uma melhor definição. O barroco considera visões antinaturais importantes de considerarmos, também coloca em prática, o desejo do espectador permear pela obra. Nas pinturas barrocas de Otto, existe uma iluminação dramática com sombras, posto que, o foco não está na forma, mas sim na pintura como um todo. 
 


Referências 
 
 
SRIVASTAVA, Aman. The Concepts of Understanding Paintings Through Formal Elements Medium. Marco de 2016. Disponível em: < https://medium.com/@amansrivastava26/the-concepts-of-understanding-paintingsthrough-formal-elements-9abc9d207ea8> Acesso em: 7 de Abril. 
 
WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos Fundamentais de História da Arte. São Paulo: Martins Fontes: ed, IV, 2000.

Comentários

  1. Parabéns pela publicação e pela coragem na leitura de imagens de estilos distintos mas com singularidade próximas! Ficou ótimo! E sucesso! Vou acompanhar como referência para meu trabalho em sala de aula.

    ResponderExcluir

Postar um comentário